Morderam-me o puto #2

Há coisa de 1 ano atrás (aqui) o meu filho chegou-me a casa com uma “Enorme e duradoura marca no braço”, duma mordidela!

Se gostei?! Claro que não. Se fiz disso um drama?! Muito menos…

Nenhuma mãe gosta de ver o seu filho magoado, ainda que faça parte e que seja uma coisa perfeitamente normal. O acontecimento repetiu-se uma ou outra vez desde então. Coisa pouca.

Nunca dei grande importância, nem tão pouco quis saber detalhes sobre o incidente. Mordeu, mordeu! Move on!

Há pouco tempo tive a reunião de avaliação onde, para meu enorme espanto fui informada, que as mordidelas são recorrentes naquela sala. E quem morde é o meu filho!

Se acho piada?! Claro que não. Se faço disso um drama?! Muito menos…

Tal como quando foi ele a ser mordido, acho que este é um comportamento normal e instintivo nas crianças. E tal como quando foi ele a ser mordido não acho piada nenhuma, mas não há muito que se possa fazer.

Tal como há um ano atrás, continuo a reagir da mesma forma. Quando sinto que ele está a colocar-se a jeito digo:  “Não se morde!” – Na maioria das vezes ele percebe e pára a tempo. Muitas vezes até disfarça com um beijinho no local onde estava a fazer mira com os dentes. De seguida, regressamos à brincadeira. Sem dramas nem demais.

Quando foi com ele, nunca quis sequer saber quem teria sido o autor da mordidela. Essa informação, não me ia acrescentar valor em nada.

São fases chatas, é verdade. E possivelmente há mães naquela escola que não acham piada nenhuma ao meu filho, mas não há muito que eu possa fazer. Mas na verdade estes comportamentos são normais e comuns. São nada mais que expressões das suas frustrações. O choro deixou de ser a sua única forma de comunicação, e umas mordidelas ou empurrões, entram em acção.

Claro que nada disto faz com que se permita. Tento contrariar este comportamento, mas há um limite do que posso fazer.


Para já, deixo o meu sincero pedido de desculpas, às mães e aos colegas que já foram vítimas do meu pequeno vampiro. 

(Imagem: HypeScience)



Comentários

  1. Durante muiiiiiiito tempo, todas as semanas o meu filho aparecia pelo menos com uma marca bem negra de dentada na cara ou no pescoço. As educadoras desesperavam, já nem sabiam o que me dizer porque ele acordava assim da sesta, não conseguiam identificar o "vampiro". Até que um dia lá o apanharam, o puto (2 anos) esperava que todos adormecessem, esperava que a educadora que ficava com eles saísse da sala da sesta, o que acontecia por breves momentos e ZÀS, mordia o meu porque ele não chorava (ainda hoje é difícil perceber quando se magoou porque raramente chora). A mãe do miúdo veio ter comigo quase a chorar e a pedir desculpa, a única coisa que lhe disse foi que no dia que o meu começasse a fazer disparates daqueles que agradecia que lhe desse a mesma importância que eu dei, ou seja, zero!
    Faz parte, no problem!

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  2. O meu baby T, bastou mudar do berçário para a sala do ano (mudou com 13 meses pouco depois de começar a correr atrás de uma bola ;) ), para começar a morder. Na altura pedi desculpa na escola, ele já percebia que não podia fazer (chorava quando me faziam as queixas de que ele tinha mordido) por isso eu repreendia: "Não se morde"! Entretanto percebi que ele só faz mal aos outros meninos quando lhe tiram os brinquedos à força. Deixei de o repreender porque também não quero desencorajá-lo a defender os objectivos dele ;), ele deixou de morder e a coisa foi passando. Agora ás vezes é ele o mordido!! Coisas de miudagem ;)

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  3. A Matilde tem agora 3 anos, mas entre o 1º ano e o 2º ano dela... todos os dias eu chegava á escola e tinha queixas dela, ao ponto de já ser eu a formatar a pergunta quando chegava...
    - Em quem é que a Matilde NÃO mordeu hoje?
    Ela ficava irritada porque lhe tiravam os brinquedos, então defendia-se com dentadas...
    Foi uma fase menos boa! Felizmente eram dentadas "inofensivas", nunca deixou marcas em nenhum amiguinho (coisa que aconteceu entre outros colegas que se morderam).
    Posso dizer-vos que inicialmente me sentia mal por TODOS os dias me dizerem que ela tinha mordido alguém no recreio... custava-me quase tanto como uma dentada em mim, mas com o tempo fui percebendo que eles não conseguem gerir as fúrias deles e valeu-me sempre as educadoras/auxiliares que sempre a repreenderam atempadamente.

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